sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mérito

Eu falei :
-É, uma bênção.
E ela:
- Mérito seu.
Meus olhos se encheram de lágrimas, aquelas palavras me tocaram fundo. Não tinha pensado assim,  mas é a pura verdade.
Aceitar que somos merecedores da nossa realidade, é sobre isso que escrevo hoje.
Isso tem a ver com as nossas ações, mas também com os nossos pensamentos. Colhe o bem quem planta o bem, simples assim.
Se não sabe por onde começar, o sentimento de gratidão nos ajuda nesse caminho. Procure com carinho dentro de você, pode ir bem além do plano material,  na sua vida, na de seus familiares, tudo tem uma razão de ser. Aceitar e agradecer,  sem resistência, esse já é um bom começo.
E "bênçãos" acontecerão.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

As coisas como são

Não dá pra fugir ao que é.
Quando o sono bate,  quando a fome chega,  quando alguém que você ama solicita ajuda.
Essas são coisas grandes, mas podemos extrapolar o mesmo raciocínio para o pequeno, o sutil.
Estar atento à esses sinais, ao meu ver, é a maneira mais leve de levar a vida. Aceitando-a como está hoje.
Se há algo que incomoda (e é bom que isso seja frequentemente observado), olhemos pra isso com olhar sincero:
- O que eu posso fazer com isso agora? 
Mudar de casa agora é algo possível?  Daqui 5, 10 anos?
O que posso fazer com minha mãe que implica com meu novo relacionamento?
Aceitar as coisas como são implica um tanto de auto conhecimento e movimento, aceitando com paciência e compaixão o ciclo das coisas,  como qualquer coisa na natureza.
"Há o tempo de plantar e o tempo de colher".
Namastê♡

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Amor (e é difícil dar o que não tem)

Parece óbvio pensar que nenhum dia é igual ao outro, mas eu mesma já me peguei pedindo aos céus que acontecesse algo de diferente na minha vida,  algo tipo qualquer coisa, apenas pra balançar,  pra tirar da inércia.
A idéia desse espaço veio da tomada de consciência de que a vida é a soma de dias bombásticos com esses "mais ou menos ".
E também,  de que esses dias "mais ou menos " talvez não sejam tão sem graça assim.
E ontem, pra variar, foi um dia assim, mas que me despertou de uma maneira linda para a beleza do amor. O amor real do dia a dia. Da doação.
A maternidade, sem dúvidas, me leva pra esse lugar. Quando verdadeiramente, me entrego. Quando o bem estar alheio ajuda a manter o meu, e é só assim que tenho conseguido agora. Me policio pra que não seja no esquema da barganha, por isso é necessário tecer um limite, conhece-lo e respeita-lo muito bem. Mas, entre erros e acertos, esse é o sentimento mais lindo e precioso que já trouxe em mim.

domingo, 8 de outubro de 2017

Presente

É uma honra estar aqui, agora.
Vou começar de novo.
É um presente viver esse segundo.
86anos, 32anos e 5 meses. Hoje vivi esse encontro. Um encontro que me fez perceber as semelhanças entre o lá e o cá.
A de 86 disse diversas vezes:  " viva o momento presente, ele não se repete ".
O de 5 meses incrivelmente atento,  vivia.  É só o que ele sabe fazer. Viver.
Sem poréns, sem mas,  ele vive intensamente.
Eu,  nessa ponta de cá me forcei à viver apenas, deixando o momento me invadir, as energias do velho e do novo me domarem,  segundo a segundo, saboreando a beleza do incerto.
Um exercício.
De vida.
Um presente conviver com consciência as semelhanças desses extremos.

sábado, 7 de outubro de 2017

Eu

Hoje tive um surto. Desses em que a gente coloca pra fora o que está há dias entalado. Mas fui injusta. Para ser correta deveria estar só, olhar no espelho e me abraçar. Era de mim que estava sentindo falta. Reclamei da solidão. Não percebi que era do meu amor que eu precisava.
Estamos sempre falando de nós mesmos. Mesmo quando aponto o dedo pro outro dizendo que me faltou com o respeito, ou com qualquer outra coisa.
Quem mesmo está faltando comigo?
Quando negligêncio meus desejos.
Quando não cuido do meu corpo.
Quando não expresso minha opinião.
Quando me vendo.
Quando me oculto.
Quando não cumpro a minha missão?
É tudo sempre sobre mim.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O grande valor do trivial

Hoje teve para o almoço arroz, feijão, sardinha frita e limonada.
Não sei se foi a fome, a sede,  mas o rango teve um q de banquete.
Esse é o aprendizado de hoje. O valor do simples.
Primeiro algo que é importante pensarmos diz respeito ao que nosso mestre interno nos diz: o que eu procuro quando tenho fome? O que meu corpo físico pede?  O que satisfaz minha alma?
É importante estar consciente disso. Estou falando do alimento matéria  (sardinha, feijão ), mas não só. Nos alimentamos por todos os sentidos.
Falar do valor do arroz e do feijão é o mesmo que falar da beleza de um pôr do sol de uma tarde de primavera, da lua cheia de uma quinta feira à noite, do cantar dos pássaros em uma manhã. É simples. E é o que precisamos. Essa é a verdadeira felicidade.
As vezes ficamos na espera de uma ocasião especial pra usar nossos guardanapos floridos, ou nossos sapatos novos, ou escolhemos  sair de casa apenas para aquele evento especial.
Que possamos ter mais pausas para nos despertarmos para o simples. Um brinde às nossas belezas naturais, àquelas em que vemos nos nossos filhos ou esposa logo que acordam, um brinde às limonadas geladas em uma tarde de calor, um brinde ao arroz, feijão e sardinha quentinhos e bem temperados quando a fome bate!
Namastê♡