segunda-feira, 7 de março de 2022

Eu falho, falhei e falharei

 A coisa mais corajosa que tenho feito ultimamente é reconhecer minhas falhas.

Preciso só voltar um pouco no conceito de falhas para não ser incoerente.

O conceito de falha pressupõe que há sempre uma ação certa a ser feita e uma que não. O que é considerada ação certa é aquela que traz o resultado que eu (meu pequeno eu) quer. E, consequentemente, a ação errada é aquela que não traz o resultado que meu pequeno eu (vulgo ego) quer.

E então, nessa visão eu ontem falhei.

Mas esse é um conceito puramente mental, portanto dual. 

Na visão de vida que escolhi ter já há algum tempo a minha ação é sempre a certa, e as consequencias da ação serão sempre para o meu bem. Mesmo que a principio eu não deveria ter feito o que fiz ou falado o que falei e que tudo isso tenho me causado dor inicialmente.

Queria poder dizer amor e receber amor de volta.

Mas disse dor e recebi dor de volta.

 Falhei em não conseguir dizer: "meu amor por você é tão grande que gostaria de suprir todas as suas expectativas como filha e me dói tanto quando não o faço que preciso logo encontrar um culpado e foi isso que fiz ao "exagerar" com minha reação "

Ao invés disso culpei, blasfemei e como uma criança birrenta pedi, de forma bem distorcida, por colo.

E como, mais uma vez não recebi, peguei minhas coisas fui embora e ameaçei nunca mais voltar.

E talvez não volte mesmo.

Aliás, não volto mesmo. Aquela, não volta mais.

Enfim, falhei sim pai.

E agora me restão duas coisas:

Perdoar: à mim e à você

Aprender: que a dor é um conceito relativo, apegar-se à ela é um jogo mental.

E então, mesmo que timidamente, escolho publicamente fazer alguns juramentos:

Escolho me liberar de querer ser perfeita pra você. 

Escolho me liberar para te decepcionar, preocupar, entristecer, se essas forem suas escolhas. 

Escolho liberar você de me compreender. 

Escolho liberar você pra não conseguir e não querer me ouvir e me acolher. 

Escolho amar você do jeito que você é, sem ou com empatia, não importa.

Não prometo fazer isso hoje. Mas desde hoje intencionarei estar atenta a fazer cumprir os juramentos e já adianto: falho, falhei e falharei mas, intencionarei sempre perdoar e aprender. Perdoar e aprender. Perdoar e aprender.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Cansei porque?

Hoje quero falar sobre o cansaço.

Uma das pessoas a qual fiz a pergunta sobre a faxina me respondeu que não estava preparada.
Perguntei porque.
Ela me disse: estou cansada.
A conversa não prosseguiu, mas fico me perguntando do que ela estaria cansada.
Do trabalho que ela tem?
Das incoerências do chefe?
Dos desaforos do namorado?
Das baboseiras do presidente?
Da falta de dinheiro?
Ouso dizer que o cansaço vem das coisas que ela carrega e que ainda não compreendeu que pode ela mesma se encaminhar de tirar.
Existe uma virada de chave que acontece quando decidimos não ser mais vítimas do que nos acontece, a gente entende que o presidente não vai resolver o nosso peso, muito menos o marido ou o chefe.
O cansaço que você diz que tem por conta dessas coisas ai de cima precisa ser transpassado para você ganhar forças. Como você faz isso?
Primeiro listando o porque do seu cansaço.
Se, dentre esses seus itens você não encontrar nada que esteja fazendo pra você isso é um sinal de alerta. Não ter tempo pra você fazer o que te enche os olhos, o que te cuida, o que te nutre torna tudo mais pesado.
Se questione.
Se questione, sempre.
E, além disso, assuma responsabilidade por tudo na sua vida.
Essa receita é mesmo infalível.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Porque a autoobservação é importante

Hoje acordei bem animada, passei por uma situação ontem que me revigorou, apesar do cansaço.

Mas, o dia foi passando e sem eu perceber, passou das 15:30 e eu ainda não havia almoçado. A minha energia escorreu pelo ralo e um desanimo me invadiu.

Mas, quando eu me dei conta de que talvez fosse só cansaço e que se eu pegasse leve comigo as coisas poderiam melhorar, um espaço em mim se abriu e a esperança conseguiu agir me mandando boas ideias pra relaxar.

Nesse caso a autoobservaão me permitiu um desapego de minha situação e eu pude de maneira leve escolher me liberar dele

Tudo é amor, e nem tudo são flores

Eu já deveria saber disso. Ao menos, eu deveria viver como se já soubesse. Mas eu insisto em esquecer. Não, não porque eu seja boazinha não, apenas por eu ainda cultivar distorções a meu respeito e à respeito dos outros e das nossas relações.
"Devo ajudar à todos." "Não posso abandonar ninguém"
Não??
Eu posso afirmar com absoluta certeza que não? Que o melhor para aquele ser humano que eu cultivei na minha vida mesmo fazendo mal pra mim não era justamente ser abandonado na sarjeta?
Você já foi abandonado na sarjeta?
Eu já. E posso afirmar que dei a volta por cima com estilo.
E não deverá ser diferente agora.
Mas, poderia já ter passado pra outra lição, né prof, não precisaria de outra prova.
Então, de forma a deixar registrado o meu conhecimento e sua absorção e a minha passagem finalmente com êxito por essa lição, ei de repetir em letras garrafais:

T-U-D-O É A-M-O-R, E N-E-M T-U-D-O S-Ã-O F-L-O-R-E-S.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Poema do Amor

Eu não posso te dizer, me diga você. Você já sabe o que quer?

Uma casa, viajar, um marido pra quê?

Me diga você, eu não posso te dizer.

O que eu quero pra mim tem a ver com quem eu sou, com as minhas escolhas, com as minhas experiências e com as minhas dores. Elas são únicas.

Além das suas dores, você já sabe quem você é, o que você escolhe e que experiências têm vivido?

Além de acordar, trabalhar, ir de um lado ao outro, obedecer à normas e leis, pagar contas, cumprir seus deveres você sabe o que quer?

Eu não sei te dizer eu simplesmente te amo tanto que eu não poderia te dizer.

Me recuso a concordar com você

Foi chato e ao mesmo tempo potente.

Ouvir você me descreditar e questionar os meus atos. Por algum acaso pareço do tipo menininha inconsequente?

Não me rotule com aos adjetivos que você carrega aí dentro. Não me faça acreditar que é meu o que você despeja sobre mim e principalmente, não queira me dizer o que eu faço ou deixo de fazer. Sua vida não tem problemas pra você vir querer dar pitacos na minha?

Esse é um grito de liberdade.

E obrigada por essa raiva que trago em mim.

Não deixarei de seguir meu sonho dessa vez e nem me permitirei passar mais de uma semana achando que nada do que eu faço é bom.

Seus julgamentos me ajudaram a perceber que eu posso escolher o quanto vou me afetar por eles. Não é demais isso?

 E ainda mais, fortaleceram ainda mais o meu caminho me mostrando o quão inédita sou!

E como num passe de mágica escolhi trazer sentido e significado pra essa raiva, permitindo que ela fosse embora.

Sim, pode ir querida. E obrigada por ter vindo.

Agora é serio

Pode ser que eu não consiga mais ser levada à serio, na verdade sei que a cada vez que a gente começa algo que não consegue, por algum motivo, concluir, a carga se torna mais pesada.

Mas, vou optar por agora dar foco no que eu desejo que é ver meu livro pronto.

Para isso sei que não poderei desistir, para isso sei que não poderei levar tão à serio o que algumas pessoas pensam disso e para isso sei que vou precisar não me levar tão à serio.

Lembro dos meus diários quando eu tinha 12,14 anos. Escrevia por pura necessidade de colocar pra fora o que não conseguia expressar de outra forma e nem pra outro alguém. Escrevia só pra reler depois e me dar conta de com o sentimento e a emoção são energias brutalmente voláteis, e egocêntricas, no sentido de que elas precisam ser vistas, de uma forma menos saudosista no momento em que acontecem ou de modo mais arrastado e doloroso por dias e dias e dias.

Em outras palavras, o que quero expressar com isso é que em termos de emoções não temos escolhas. Elas precisão de vazão, e não adianta contrariar.

Portanto eu posso, talvez, afirmar que o meu maior objetivo com essas palavras que vêm a seguir é de dar vazão aos meus sentimentos e emoções e assim, eu desejo, abrir algum espaço ai dentro de você para fazer o mesmo.

Do fundo do meu coração.

Desejo que isso seja uma aventura excitante pra você, daquelas em que você irá se perguntar como conseguiu viver sem isso até agora.

Sim, sempre fui muito utópica. E sei que isso nos levará à lugares inimagináveis pra nós.

Aperte os cintos. Beba água. Abra o seu peito. E lá vamos nós!